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Chegou um novo desafio - Temos que agir com se tivéssemos Covid19

Em Portugal uma das estratégias para preservar a saúde pública, até o dia 2 de Maio, é o confinamento social. Palavras na ordem do dia: "fique em casa".


Mas, todos sabemos que não podemos ficar confinados por muito mais tempo, sem consequências, também elas nefastas, para a sociedade. Dizem os economistas.


Salvo a proteção física e emocional dos grupos de risco, sabemos que temos que gradualmente, com todo o cuidado, retomar a normalidade possível do funcionamento da sociedade, garantido o cumprimento das medidas definidas pela DGS. Dizem os peritos na área da saúde.


O "Fique em Casa" em isolamento físico será obrigatório para todos as pessoas suspeitas ou diagnosticadas com infeção covid19. Quarentena obrigatória, até alta médica. O cumprimento rigoroso desta medida, confina também o vírus àquela pessoa, que estará mais tarde imunizada, logo parece que mais protegida. Afirmado pela DGS.


Ao que se tem visto acrescentar que o vírus é, em alguns casos, assintomático, num período inicial. É nesta caraterística que devemos focar a nossa atenção, pois nela vi nascer, também na comunidade científica a nova estratégia de combate à pandemia. A estratégia possível e a aparentemente mais e eficaz, enquanto não houver tratamento ou vacina. Porquê? Porque, também ela, está sobre o controlo individual de cada cidadão: "tenho que agir como se tivesse covid19".


Bizarra declaração! Não! Completamente oposta a algumas reações que assistimos na comunidade. Por exemplo: a tentativa de afastamento de profissionais de saúde, exercendo pressão para mudarem de casa. Triste ironia! "Batessem palmas aos profissionais de saúde, mas alguns não os aceitam como vizinhos".


Este novo desafio vem, mais uma vez, por à prova a nossa responsabilidade individual. A estratégia nacional pede novamente o nosso contributo individual responsável: temos que nos comportar como se tivéssemos covid19.


Se queremos, enquanto nação, garantir a continuação de "bons resultados" (os possíveis, pois temos mortes a lamentar), a vida em comunidade, o regresso à normalidade condicionada, exige que façamos um exercício exatamente ao contrário das reações de medo e de exclusão do outro. Vejamos, eu, você, nós temos que pensar que estamos infetados! Temos que nos relacionar com o outro como se de facto estivéssemos, pois não sabemos se estamos! Logo, temos que ter todo o cuidado na proteção do nosso semelhante.


Poder estar infetado, sem o saber (assintomático), determina que assumamos que estamos. Devemos passar a agir no dia-a-dia desempenhando esse papel, cumprindo rigorosamente todos os cuidados recomendados pela DGS, onde se inclui o uso de máscara. Se assim o fizermos então podemos contribuir para a diminuição da velocidade de transmissão do vírus, fazendo com que a curva de infeção se mantenha baixa.


Que vantagem tem esta evolução, desejavelmente mais lenta?


Segundo fontes oficiais, pelo menos duas: fazer com que a economia pare e garantir que as pessoas, que precisam recorrer ao hospital, tenham recursos disponíveis para o tratamento desta e de outras doenças. Ao mesmo tempo sabemos que temos o trabalho da comunidade científica em todo o mundo, a todo o momento, a procurar encontrar novas ferramentas para combater o vírus. Aguardamos com esperança boas notícias.


Fique em casa: é uma das primeiras estratégias para combater o Covid19. Ficámos e continuaremos a ficar, gradualmente menos, se todos contribuirmos. Conseguimos enquanto comunidade juntarmo-nos a todos os serviços essenciais, entre eles o da saúde, obtendo assim resultados positivos. Isto fez com que nos sentíssemos orgulhosos enquanto comunidade, pois apesar de termos um sistema de saúde a debater-se com muitas dificuldades nos últimos anos, conseguimos cumprir o melhor possível o nosso papel. Qual foi o segredo? Estivemos juntos. A postura colaborativa de todos foi determinante.


Mais uma vez, a nova fase que se aproxima exige colaboração alicerçada na responsabilidade individual! Só com ela podemos continuar a viver, sacrificando o menos possível vidas humanas.


Sou psicóloga, porque tive necessidade de escrever sobre este tema? Porque de novo, o que está em causa são as nossas escolhas individuais! A sua escolha! A minha escolha!


Então, vamos escolher na interação com o outro assumir o seguinte papel: "estou infetado, tenho que o proteger". Lembrando-nos de que se não transmitirmos o vírus, não corremos o risco de estar associados à morte de alguém.


- Vai sair de casa!?

- Sim, tem que ser! As responsabilidades exigem! A saúde mental também!

- Lembre-se, o vírus pode estar a sair consigo, tome todos os cuidados! Garanta que não o transmite a ninguém!


Ao proteger o outro, protege-se a si próprio...


Por fim, questiono-me: e não será que, o princípio subjacente a esta estratégia, se aplica a tantas outras áreas da nossa vida, individual, familiar e comunitária?


Sabemos que o poder da escolha individual responsável, muda o mundo, um bocadinho de cada vez e sempre para melhor! O bocadinho de cada um de nós, somado, transforma-se num movimento incrível de transformação, com impacto significativo no equilíbrio do planeta Terra e da Humanidade.


"Podemos escolher ser a mudança que queremos ver no noutro, na comunidade, na sociedade".


Convido-o a deixar por aqui o seu comentário.

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