(in)quietude(s)
Algumas relações interpessoais mais íntimas e também, regularmente, as menos íntimas inquietam-nos …
Esta inquietude gera por vezes interrogações sem resposta, mágoas, perdas, desamores... Provocam-nos sofrimento.
A dor emocional é um processo natural… Ficamos tristes... Muito tristes com quem e com o que nos magoa, nos fere, nos perturba ... Ou, também, quando magoamos e quando ferimos alguém...
Por vezes a dor é tanta que quase não aguentamos…
Dar espaço à tristeza, aceitá-la é um processo natural e fundamental, para não fugirmos de nós, e de nós na relação com o outro …
Mas há uma escolha a fazer!
Deixarmo-nos, ou não, ficar na tristeza por tempo indefinido.
Escolha, muitas vezes, terrivelmente difícil… Pois o sofrimento, frequentemente agregado à culpa, aprisionar-nos, destrói-nos e esmaga-nos…
Mas, o sofrimento pode e deve também, em si, libertar-nos, porque nos faz amadurecer…
Porque nos oferece também oportunidades... Deve ensina-nos a valorizar o que realmente tem importância… Fazer nascer ou renascer outros espaços emocionais. Desfoco da dor e foco noutras relações, também elas íntimas e muitas vezes abandonadas, por priorizarmos a nossa dor…
A abertura ao “outro”, o gradual abandono da dor, abre novas oportunidades, novos sentidos… novas "quietudes" que nos abraçam docemente o coração...
Experimentemos abandonar a dor ... e dar espaço dentro de nós a nós e ou outro, outro.
Se não conseguimos sozinhos, busquemos ajuda! Busquemos a liberdade e a oportunidade de sermos felizes. A dor suplica ser libertada!